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Distrofia da córnea: entenda mais!

  • Foto do escritor: carolina satie kita
    carolina satie kita
  • 21 de ago.
  • 4 min de leitura
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A córnea é a parte transparente dos olhos responsável por ajudar na focalização da visão.


Quando ela sofre alterações estruturais hereditárias, como por exemplo a distrofia da córnea, sua transparência e função podem ser comprometidas.


Esse grupo de doenças, embora raro, pode afetar diferentes camadas da córnea e se manifestar de forma lenta e progressiva, causando desde desconfortos leves até perda significativa da visão.


Neste artigo, você vai entender melhor o que é a distrofia da córnea, quais são os tipos mais comuns, os principais sintomas e como é feito o diagnóstico e tratamento.


O que é a distrofia da córnea e como ela afeta a visão?


A distrofia da córnea é uma condição que ocorre devido a um grupo de doenças genéticas raras que afetam a estrutura da córnea e podem comprometer progressivamente a visão.

Essas distrofias ocorrem quando há acúmulo anormal de material dentro das camadas da córnea, o que pode causar perda de transparência, edema, irregularidades na superfície ocular e, consequentemente, visão turva ou distorcida.


Em muitos casos, a distrofia da córnea é bilateral (afeta os dois olhos), tem início gradual e evolui lentamente ao longo dos anos.


O impacto na visão varia de acordo com o tipo de distrofia, sendo que algumas formas mais avançadas podem exigir transplante de córnea como tratamento.


Quais são os principais tipos de distrofia da córnea?


Os tipos de distrofia da córnea são classificados de acordo com a camada da córnea que é afetada (epitélio, estroma ou endotélio). Confira abaixo:


Distrofias do epitélio e da membrana de Bowman


Distrofia de Cogan (Map-dot-fingerprint)


Uma das formas mais comuns.


Provoca irregularidades na superfície da córnea, como mapas, pontos e linhas finas. Pode causar erosões recorrentes e visão embaçada.


Distrofias do estroma


Distrofia granular


Caracterizada por depósitos brancos parecidos com migalhas ou grãos no estroma.


Afeta a transparência da córnea progressivamente.


Distrofia lattice 


Apresenta depósitos em forma de linhas finas e ramificadas.


Pode causar erosões dolorosas e visão turva com o tempo.


Distrofia macular


Tipo raro e mais grave, com depósitos densos que causam grande perda da visão.


Esse tipo pode ocorrer desde a infância.


Distrofias do endotélio



Muito comum em pessoas acima dos 50 anos, afeta a camada interna da córnea (endotélio), levando ao acúmulo de líquido, inchaço da córnea e visão turva, especialmente ao acordar.


Distrofia endotelial posterior polimorfa


Pode ser leve e assintomática ou causar visão embaçada.


Alterações na forma e função das células endoteliais.


Distrofia de congênita hereditária do endotélio 


Aparece no nascimento ou nos primeiros anos de vida.


Leva a edema corneano crônico e pode exigir transplante precoce.


Quais são os sintomas mais comuns desta condição?


Os sintomas da distrofia da córnea variam conforme o tipo e a camada afetada, mas alguns sinais são comuns entre as diferentes formas da doença.


Assim, os sinais mais frequentes dessa condição são:


  • Visão embaçada ou turva, que pode piorar com o tempo;

  • Sensação de corpo estranho nos olhos, como se houvesse areia ou cisco;

  • Desconforto ou dor ocular, especialmente ao acordar (em casos com erosões corneanas);

  • Aumento da sensibilidade à luz (fotofobia);

  • Olhos lacrimejantes;

  • Dificuldade para enxergar à noite ou em ambientes com pouca luz;

  • Flutuação da acuidade visual ao longo do dia;

  • Perda gradual da transparência da córnea;

  • Episódios de erosão corneana recorrente, com dor intensa e dificuldade de abrir os olhos.


Lembramos que nem todos os pacientes apresentam sintomas nas fases iniciais e, em alguns casos, a doença só é descoberta em exames de rotina.


Por isso, o acompanhamento oftalmológico é essencial para avaliar a evolução e indicar o melhor tratamento.


Como realizamos o diagnóstico dessa condição?



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Fazemos o diagnóstico da distrofia da córnea com base na avaliação clínica detalhada, histórico familiar e exames que analisam a estrutura da córnea.


O exame de lâmpada de fenda é fundamental para identificar alterações nas camadas da córnea, como depósitos anormais, opacidades ou edema.


Em muitos casos, utilizamos exames complementares como a tomografia de córnea e a microscopia especular, que avalia o endotélio corneano, especialmente útil para distrofias como a de Fuchs.


Além disso, quando há suspeita de um tipo hereditário específico, podemos indicar testes genéticos para confirmar o diagnóstico e orientar o prognóstico.


Como realizamos o tratamento dessa condição?


Nos casos leves, muitas vezes não é necessário tratamento imediato, sendo indicado apenas o acompanhamento regular.


Quando há desconforto causado por erosões corneanas, podemos usar colírios lubrificantes, pomadas oftálmicas ou lentes de contato terapêuticas para aliviar os sintomas e proteger a superfície ocular do paciente.


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Já em situações mais avançadas, podemos indicar procedimentos cirúrgicos, como o transplante parcial ou total da córnea.


Temos um texto no nosso site que explica mais sobre o transplante de córnea, confira!


Para casos como a distrofia de Fuchs, o transplante de endotélio tem se mostrado uma alternativa eficaz, com recuperação visual mais rápida.


Então, se você apresenta sintomas ou tem histórico familiar da doença, agende uma consulta com a especialista para um diagnóstico preciso e orientações adequadas.


Somente a partir de avaliação individualizada podemos definir a melhor abordagem para o seu caso!




 
 
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Dra. Carolina Satie Kita     -     Médica Oftalmologista - CRM-SP 161566 / RQE 84470

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