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Córnea guttata: entenda a condição!

  • Foto do escritor: carolina satie kita
    carolina satie kita
  • 27 de fev.
  • 3 min de leitura

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A córnea guttata é uma condição ocular que afeta a camada interna da córnea, conhecida como endotélio, resultando no aparecimento de pequenas protuberâncias em forma de gota.


Embora muitas vezes seja assintomática nas fases iniciais, essa condição pode levar a problemas de visão, como embaçamento e sensibilidade à luz, à medida que progride.


Neste texto, vamos explorar o que é a córnea guttata, suas causas, sintomas e as opções de tratamento disponíveis, ajudando você a entender melhor essa condição e a importância de buscar orientação médica adequada.


O que é a córnea guttata?


A córnea guttata é uma condição ocular caracterizada pela alteração da camada mais interna na córnea, chamada endotelio,  gerando uma imagem típica ao exame de biomicroscopia. 

Essa alteração mostra redução das células dessa camada que são responsáveis por manter a transparência da córnea ao regular o equilíbrio de fluidos.


Com o tempo e manutenção da queda do número de células pode ocorrer o inchaço e opacificação da córnea, comprometendo a visão.


Quais são as causas dessa condição?


As principais causas dessa condição incluem:


Fatores genéticos


A córnea guttata está bastante associada à distrofia endotelial de Fuchs, uma doença hereditária que afeta a camada endotelial da córnea.


Essa condição é mais comum em mulheres e tende a ser bilateral, ou seja, afeta ambos os olhos.


Idade avançada


O envelhecimento natural pode contribuir para o desenvolvimento da córnea guttata.


Assim, à medida que as pessoas envelhecem, as células endoteliais da córnea diminuem em número e eficácia, o que pode levar à formação de guttae.


Traumas oculares ou cirurgias anteriores


Lesões nos olhos ou procedimentos cirúrgicos, como a cirurgia de catarata, podem danificar o endotélio corneano, potencialmente resultando em edema corneal.


Doenças oculares


Certas condições oculares, como glaucoma, podem afetar o endotélio corneano, contribuindo para o desenvolvimento da córnea guttata.


Além disso, doenças como uveíte ou infecções oculares podem danificar o endotélio.


Quais são os sinais desta condição?


Entre os principais sintomas dessa condição, estão:


  • Visão turva ou embaçada: a presença de guttae pode interferir na transparência da córnea, resultando em visão embaçada, especialmente ao acordar;

  • Sensibilidade à luz (fotofobia): pacientes com córnea guttata podem apresentar maior sensibilidade à luz intensa, tornando ambientes iluminados desconfortáveis;

  • Visão dupla (diplopia): em casos mais avançados, a alteração na estrutura da córnea pode levar à percepção de imagens duplicadas;

  • Dor ocular: embora menos comum, a córnea guttata pode causar dor ou desconforto nos olhos, especialmente se houver complicações associadas;

  • Dificuldade para adaptação à escuridão: a condição pode afetar a capacidade de adaptação a ambientes com pouca luz.


Como prevenir essa e outras condições oculares?


Não há prevenção para a córnea guttata, devido ao seu fator genético e ao envelhecimento natural, entretanto, o seu diagnóstico é importante para que seja realizado o acompanhamento, prescrição de medicações quando necessárias e melhor planejamento cirúrgico quando a necessidade de algum procedimento, visando causar o menor dano ao endotélio. 


Nesse sentido, visitas periódicas ao especialista permitem identificar alterações nos olhos antes que se tornem problemas graves.



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Além disso, a oftalmologista pode orientar sobre práticas que contribuem para a saúde ocular.


Isso inclui a proteção contra a radiação ultravioleta, o controle de doenças como diabetes, e a importância de evitar hábitos prejudiciais, como o tabagismo.


Dessa forma, reforçamos que manter o cuidado com a visão ao longo da vida não apenas previne o agravamento de condições existentes, mas também promove a qualidade de vida.


Como realizamos o diagnóstico dessa condição?


O diagnóstico dessa condição é realizado por meio de um exame oftalmológico detalhado, conduzido pela oftalmologista.


Durante o exame, utilizamos uma lâmpada de fenda para observar a córnea e identificar a presença das córnea guttata.


Após isso é solicitado o exame de microscopia especular para realizarmos uma contagem das células endoteliais para avaliar a densidade celular e a saúde da camada endotelial.


Em alguns casos, podemos indicar exames adicionais, como a tomografia de córnea, para avaliar a espessura da córnea e identificar sinais de edema.


Ressaltamos que, em estágios iniciais, a córnea guttata pode ser assintomática, sendo detectada apenas durante exames oftalmológicos de rotina.


Córnea guttata: quais são as opções de tratamento?


Em estágios iniciais, quando os sintomas são leves ou inexistentes, o acompanhamento regular com a oftalmologista é fundamental para monitorar a evolução da doença.


Já em casos mais avançados, onde há comprometimento da visão, as opções de tratamento incluem o uso de colírios hipertônicos para reduzir o edema corneal, além de procedimentos cirúrgicos como o transplante endotelial de córnea.


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Essa intervenção visa substituir a camada endotelial danificada por tecido saudável.


É importante ressaltar que devemos individualizar a escolha do tratamento, considerando a gravidade da condição e as características específicas de cada paciente.


Portanto, se você está notando alterações na sua visão, como visão turva, sensibilidade à luz ou desconforto ocular, agende uma consulta agora mesmo com a especialista em saúde dos olhos.


O diagnóstico precoce da córnea guttata ajuda a evitar complicações.







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Dra. Carolina Satie Kita     -     Médica Oftalmologista - CRM-SP 161566 / RQE 84470

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