Olho com catarata: entenda os sintomas e tratamento
- carolina satie kita
- 13 de mar.
- 4 min de leitura

O olho com catarata é uma condição caracterizada pela opacificação do cristalino, a lente natural do olho responsável por focar a luz na retina.
Com o tempo, essa turvação pode comprometer a visão, tornando as imagens embaçadas e dificultando atividades do dia a dia, como ler e dirigir.
Embora o envelhecimento seja a principal causa, fatores como diabetes, exposição excessiva ao sol e uso prolongado de certos medicamentos também podem acelerar o desenvolvimento da doença.
Portanto, identificar os sintomas precocemente é essencial para buscar o tratamento mais adequado.
Olho com catarata: o que é?
A catarata nos olhos ocorre quando o cristalino, que é a lente natural do olho, perde sua transparência e se torna progressivamente opaco.
O cristalino é responsável por focar a luz que entra no olho diretamente sobre a retina, permitindo que as imagens sejam formadas de maneira clara.
Ele é composto principalmente de água e proteínas organizadas de forma a manter sua transparência e permitir a passagem da luz sem obstruções.
Porém, à medida que envelhecemos ou devido a certos fatores de risco, essas proteínas começam a se agrupar, formando áreas turvas no cristalino.
Inicialmente, a catarata pode afetar pequenas áreas do cristalino, causando poucos sintomas.
Então, conforme a opacidade se espalha, a qualidade da visão se deteriora progressivamente.
Esse processo pode ocorrer em um ou ambos os olhos.
Além do envelhecimento, quais são outros fatores de risco para a catarata?
Além do envelhecimento, vários fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento da catarata.
Entre eles, destacamos:
Diabetes: níveis elevados de glicose no sangue podem causar alterações no cristalino;
Exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV): a luz solar pode danificar as proteínas do cristalino, aumentando o risco de opacificação;

Tabagismo: o cigarro promove o estresse oxidativo, causando danos às células do cristalino e favorecendo o desenvolvimento precoce da condição;
Uso prolongado de corticosteroides: esses medicamentos em altas doses e por longos períodos podem aumentar o risco de catarata;
Lesões oculares: traumas no olho podem acelerar a degeneração do cristalino e levar à formação de catarata traumática;
Hipertensão arterial: pressão alta pode contribuir para alterações nos vasos sanguíneos do olho e no metabolismo do cristalino;
Histórico familiar: a predisposição genética pode aumentar a chance de desenvolver catarata precocemente;
Consumo excessivo de álcool: o álcool em excesso pode causar danos oxidativos ao cristalino, aumentando o risco da doença.
Quais são os principais sinais dessa condição?
Os principais sinais de catarata no olho incluem:
Visão embaçada ou turva: uma percepção de que as imagens estão nubladas ou desfocadas, semelhante a olhar através de uma janela enevoada;
Sensibilidade à luz (fotofobia): desconforto ou dificuldade ao ser exposto a luzes fortes, tanto naturais quanto artificiais;
Percepção de halos ao redor de luzes: observação de círculos ou auréolas ao redor de fontes luminosas, especialmente à noite;
Alteração na percepção das cores: as cores podem parecer desbotadas ou menos vibrantes, dificultando a distinção entre tonalidades;
Visão dupla: percepção de imagens duplicadas mesmo ao olhar com apenas um olho;
Necessidade frequente de mudança na prescrição de óculos: alterações constantes na graduação dos óculos podem ser um indicativo de progressão da catarata;
Dificuldade para enxergar à noite: a visão noturna pode se deteriorar, tornando tarefas como dirigir após o anoitecer mais desafiadoras.
Como realizamos o diagnóstico dessa condição?
O diagnóstico da catarata é feito pela oftalmologista por meio de uma avaliação minuciosa da saúde ocular.
Esse processo inclui testes como a verificação da acuidade visual, exame refracional para determinar a necessidade de correção com óculos, medição da pressão intraocular e a utilização da lâmpada de fenda para uma observação detalhada das estruturas do olho.
Geralmente, é necessário dilatar a pupila para obter um diagnóstico mais preciso.
Assim, durante a avaliação, identificamos sinais de opacificação do cristalino, que é a principal característica da catarata.
Também realizamos testes de sensibilidade ao contraste para avaliar a capacidade do paciente de distinguir objetos em diferentes condições de iluminação.
Com base nos resultados dos exames, confirmamos o diagnóstico e orientamos o paciente sobre as opções de tratamento disponíveis.
Como funciona a cirurgia para olho com catarata?

A cirurgia de catarata é um procedimento oftalmológico que visa restaurar a visão comprometida pela opacificação do cristalino, substituindo-o por uma lente intraocular artificial.
Realizamos o procedimento em regime ambulatorial, permitindo que o paciente retorne para casa no mesmo dia.
Antes de iniciar o procedimento, aplicamos colírios anestésicos e um sedativo leve para maior conforto do paciente.
Então, durante a cirurgia, fazemos uma pequena incisão no olho, através da qual removemos o cristalino opaco.
Após a remoção do cristalino comprometido, implantamos uma lente intraocular artificial no mesmo local, assumindo a função da lente natural e restabelecendo a capacidade de focar a luz na retina.
O procedimento é considerado seguro, rápido e indolor, com duração média de 20 a 30 minutos.
Ademais, a recuperação visual geralmente é rápida, permitindo que o paciente retome suas atividades cotidianas em pouco tempo.
Portanto, caso você perceba sintomas relacionados ao olho com catarata, é fundamental buscar a avaliação da especialista o quanto antes.
Marque uma consulta para esclarecer dúvidas, avaliar a saúde dos seus olhos e, se necessário, planejar o tratamento mais indicado para restaurar sua visão e qualidade de vida.